desinsetização

Dedetização

 

Antes de falarmos no conceito de dedetização ou desinsetização, devemos falar primeiro sobre a DDT. A dedetização é um termo que resulta da aplicação doméstica de DDT, o primeiro pesticida moderno.

Ao longo do tempo, foram utilizados diversos materiais de origem natural no combate aos insectos. Contudo, face à necessidade de criar produtos menos tóxicos, desenvolveu-se novos inseticidas. O DDT resulta precisamente dessa necessidade de criar uma alternativa mais segura, embora o seu uso compulsivo e extremo possa acarretar alguns riscos não só para a natureza, mas também para o homem. Por isso, o uso de DDT em vindo a ser descontinuado, pelo que atualmente devemos falar mais em desinsetização do que propriamente em dedetização. Todavia, a dedetização significa desinsetizar um determinado ambiente infestado por pestes, nomeadamente insectos.

 

Técnicas de Dedetização / Desinsetização

 

Existem diversas técnicas de dedetização, as quais variam de acordo com o tipo e a actividade desenvolvida no local a receber o tratamento. Além disso, deve ser tomado em linha de conta o grau da infestação e o tipo de praga que se pretende controlar. A dedetização, por exemplo, para o controle de cupins de madeira seca ou cupins subterrâneos é designada de Descupinização e também implica outras técnicas para o controle de outro tipo de insectos que comem madeira.

As técnicas para controle dos vários tipos de insectos e das suas populações variam, pelo que é necessário ter um conhecimento profundo da biologia e comportamento das pragas, conhecer os grupos químicos, moléculas e formulações de inseticidas, saber avaliar a infestação e locais de tratamento e ter conhecimento da legislação, pois cada sector da industria tem especificidades a serem cumpridas.

O inseticida deve ser diluído em água, de acordo com as informações do fabricante. Os inseticidas também variam, pois podemos encontrar os apropriados para uso residencial, como os que vemos nas prateleiras dos supermercados, que podem ser usados por qualquer pessoa, e os inseticidas que devem ser utilizados apenas por profissionais.

 

Técnicas de Aplicação:

 

  • Pulverização - É a mais antiga e a mais comum das técnicas de aplicação. Usando um pulverizador o inseticida é diluído em água (no tanque do pulverizador) e depois de fechado é feito o bombeamento através de uma alavanca manual que pressuriza o líquido, apertando-se o gatilho da lança a calda inseticida sai através de um bico dosador e pode ser aplicada nas superfícies ou nos locais de infestação. Essa técnica permite a aplicação de inseticidas líquidos.

 

  • Atomização - É quando usa-se um atomizador com motor à gasolina de 2 tempos ou motor elétrico. O motor faz girar uma ventoinha que gera um turbilhão de "vento" num duto e na saída desse é liberado a calda inseticida que devido a força do "vento" vindo pelo duto "quebra" a calda inseticida em partículas finas ou seja atomizadas. A vazão é controlada com um registro com quatro níveis de abertura. Essa técnica também permite a aplicação de inseticidas líquidos

 

  • Polvilhamento - Usando-se uma polvilhadeira pode-se aplicar o inseticida formulado em Pó Seco em frestas, dutos de esgoto, etc.

 

  • Aplicação de Gel - Essa técnica é exclusiva da formulação de inseticida em GEL. O gel pode ser aplicado através de uma pistola aplicadora cuja regulagem é feira para que o gel saia em forma de gotas. Alguns inseticidas nessa formulação é envasado em seringas com a mesma finalidade de aplicação. Os inseticidas formulados em GEL podem são distintos ou seja existem o gel para controle de baratas e o gel para o controle de formigas. Ambos insetos devem ingerir o gel que é uma isca ou seja um alimento que causará a morte desses, sendo que as baratas morrem individualmente e as formigas carregam o gel para os ninhos que será compartilhado com toda a colônia pois são insetos sociais.

 

Efeito dos inseticidas:

 

  • Desalojante – Provoca a saída do inseto de seu esconderijo. Essa característica vai depender do grupo químico e da molécula do principio ativo do inseticida. Geralmente os inseticidas líquidos formulados em concentrado emulsionável causam esse efeito desalojante.

 

  • Choque - Elimina instantaneamente o inseto. Essa característica é importante quando não se deseja que insetos saiam perambulando pelo ambiente depois da aplicação. A molécula Diclorvós ou DDVP foi muito utilizada pois tinha um efeito knock-dow muito evidente e em cerca de 1 minuto fulminava os insetos. Hoje existem outras moléculas que causam esse efeito porém são um pouco mais lentas a vantagem é que essas moléculas pertencem a grupos químicos menos tóxicos ao homem, animais domésticos e ao Meio Ambiente.

 

  • Residual - Garante ação inseticida por longo tempo. Essa característica vem sendo questionada e hoje não existem muitos inseticidas para uso urbano que deixem um longo tempo de residual no ambiente tratado pois, com as questões ambientais em evidência no mundo todo não é mais aceitável que um inseticida permaneça por longos períodos no ambiente como era a principal característica do grupo químico dos Organoclorados = DDT (hoje proibidos).

 

Fonte - Wikipédia