Controle de Pragas e Vetores


O controle de pragas e vetores é uma forma ou método que permite limitar ou eliminar os mamíferos, pássaros, insectos e outros artrópodes que transmitem patógenos de doenças. Um dos tipos de controle de vetores mais comum é o controle de mosquitos, que recorre a várias estratégias.

 

Métodos de Controle

 

O controle de vetores assenta na utilização de métodos de prevenção, de modos a controlar ou eliminar populações de vetores. Entre as medidas mais comuns de prevenção encontramos:

 

Controle de Habitat

 

A remoção ou redução de áreas onde os vetores possam facilmente procriar pode ajudar a limitar o crescimento de populações. Por exemplo, a remoção de água estagnada, a destruição de pneus e latas velhas, que são ambientes propícios à procriação de mosquitos, e a correcta gestão da água usada, pode reduzir substancialmente as áreas de excessiva incidência de vetores.

 

Redução de Contacto

 

A exposição limitada a insectos ou animais que são conhecidos como vetores de doenças podem reduzir significativamente os riscos de infecção. Por exemplo, a roupa de protecção ou a aplicação de rede em janelas pode ajudar a reduzir o contacto com vetores. Para ser eficaz, isto requere que se eduque as pessoas nesse sentido e se faça uma promoção adequada dos métodos, para aumentar a sensibilidade face às ameaças dos vetores.

 

Controle Químico

 

Inseticidas, larvicidas, raticidas e repelentes podem ser usados para controle de vetores. Por exemplo, os larvicidas podem ser usadas em zonas de procriação de mosquitos; os inseticidas podem ser aplicados em paredes de casa ou mosquiteiros, e o uso de repelentes pessoais pode reduzir a incidência de picadas de insetos e, deste modo, a infecção. O uso de pesticidas para controle de vetores é promovido pela Organização Mundial de saúde (OMS) e tem provado ser bastante eficaz.

Controle Biológico

O uso de predadores vetoriais naturais, como toxinas bacterianas ou compostos botânicos, pode ajudar a controlar populações de vetores. A utilização de peixe que se alimenta de larvas de mosquito entre muitas outras medidas de controle biológico permite não só controlar determinadas populações de vetores, mas também reduzir os riscos de infecção.


Para doenças que não tenham ainda uma cura eficaz, como é o caso do vírus do Nilo Ocidental e da febre do Dengue, o controle vetorial permanece como a única forma de proteger as populações.
Contudo, mesmo para doenças de origem vetorial com tratamentos eficazes, o elevado custo associado ao seu tratamento permanece como uma enorme barreira para muitas populações. Apesar de ter tratamento, a Malária (uma doença infecciosa transmitida por mosquitos) tem um grande impacto na saúde humana. Em África, a cada 45 segundos, morre uma criança desta doença. Tanto a prevenção através do controle vetorial como o tratamento são necessários para proteger as populações.